"Experiência" é como uma viagem. Aquele que viaja, que sai de si, que escapa à sua estreita prisão, que está pronto a envolver-se com novas paisagens e novas terras, poderá ter experiência de coisas novas. A experiência, portanto, exige uma abertura interior, um abrir-se para deixar que o novo entre dentro de nós. Para experimentar alguma coisa, tenho que estar disposto. "Não existe experiência desinteressada. Só pode experimentar alguma coisa quem deseja experimentar (Scholl, Gott ist immer grösser, 15).
Ao aplicar este conceito à experiência de Deus, não podemos simplesmente explorar Deus como exploramos um país para o qual vijamos. Também não podemos fazer experimentos que provem a existência e a ação de Deus. Não podemos experimentar senão aquilo que vemos e pegamos. Não podemos experimentar Deus diretamente, mas apenas através das vivências, das ocorrências, dos encontros com outras pessoas, das vozes de nossa alma, das imagens de nossos sonhos. Toda experiência se dá através dos sentido, também a experiência de Deus.
E depende de nós se queremos experimentar aquilo que se encontra por trás do que nos ocorre. Por isso o encontro com as pessoas, a experiência da criação e as vivências feitas em nossa viagem nos colocam dentro do mistério de Deus.
Anselm, Grüm, Se quiser experimentar Deus, Vozes, p.19-21
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