22 de jul. de 2014

A meditação com a Palavra de Deus

Na presença de Deus, numa leitura tran­quila do texto, é bom perguntar-se, por exemplo:
"Senhor, a mim que me diz este texto? Com esta mensagem, que quereis mudar na minha vida? Que é que me dá fastio neste texto? Porque é que isto não me interessa?"; ou então: "De que gosto? Em que me estimula esta Palavra? Que me atrai? E por que me atrai?". 
Quando se procu­ra ouvir o Senhor, é normal ter tentações. Uma delas é simplesmente sentir-se chateado e acabru­nhado e dar tudo por encerrado; outra tentação muito comum é começar a pensar naquilo que o texto diz aos outros, para evitar de o aplicar à pró­pria vida. Acontece também começar a procurar desculpas, que nos permitam diluir a mensagem específica do texto. Outras vezes pensamos que Deus nos exige uma decisão demasiado grande, que ainda não estamos em condições de tomar. Isto leva muitas pessoas a perderem a alegria do encontro com a Palavra, mas isso significaria es­quecer que ninguém é mais paciente do que Deus Pai, ninguém compreende e sabe esperar como Ele. Deus convida sempre a dar um passo mais, mas não exige uma resposta completa, se ainda não percorremos o caminho que a torna possí­vel. Apenas quer que olhemos com sinceridade a nossa vida e a apresentemos sem fingimento diante dos seus olhos, que estejamos dispostos a continuar a crescer, e peçamos a Ele o que ainda não podemos conseguir.

Papa Francisco, Evamgelli Gaudium, 2014

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